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7 de maio de 2016
Hoje eu estava sentado na secretária a ler um artigo sobre as inteligências múltiplas de Gardner e achei relevante partilhar um pouco do que li dessa teoria. Mas antes disso, vou escrever sobre inteligência e a sua evolução ao longo da história. Nos dias de hoje, existem diferentes modos de ser inteligente, coexistindo igualmente diferentes conceitos sobre a inteligência.
Deste modo é quase impossível formar uma definição que agrade á maioria. Contudo, de forma sucinta, a melhor definição que descreve inteligência é ser a capacidade de assimilar conhecimentos, recordar acontecimentos e recuperar eventos passados, utilizar corretamente o pensamento e a razão, aplicar conhecimentos em situações novas, adaptar-se ao meio e as suas transformações, estabelecendo prioridades e selecionando recursos para a concretização de objetivos e para a resolução de problemas. Antigamente, a inteligência era considerada uma capacidade inata e o QI (Quociente de inteligência) uma característica mais ou menos estável num sujeito. Hoje em dia, verifica-se que esta ideia tem sido questionada, por existirem estudos recentes que mostram que a inteligência pode ser mais flexível do que se pensava antigamente. As vivências, o ensino, os estímulos que recebemos e até mesmo o modo como exercitamos a mente podem afetar como a nossa inteligência se desenvolve ao longo da vida. Isso significa que, embora o QI ainda seja utilizado em determinadas situações como uma forma de avaliar, sabemos agora que a inteligência não é algo estável, podendo ser moldada por diversos fatores ao longo do tempo.
Após esta breve explicação sobre a inteligência e a sua evolução ao longo da história irei apresentar uma teoria da autoria de Howard Gardner: a Teoria das Inteligências Múltiplas. Nesta teoria são, defendidas múltiplas inteligências, algumas das quais podem ter desempenhos independentes de outras e serem amplamente diferentes, apesar de serem essenciais para a vida prática. Deste modo, Gardner identifica oito tipos de inteligências: inteligência linguística, inteligência lógico-matemática, inteligência corporal-cinestésica, inteligência musical, inteligência espacial, inteligência interpessoal, inteligência interpessoal e inteligência naturalista. Contudo, apesar de ter reconhecido que todas são importantes, a que eu destaquei para falar foi a interpessoal. A competência básica essencial deste tipo de inteligência é o talento para compreender os outros, existindo assim uma grande facilidade para as pessoas com esta inteligência em estabelecer empatia. Os indivíduos que detém esta inteligência relacionam-se, interagem e trabalham bem com outros indivíduos, tendo facilidade em motiva-los em persistir na busca dos objetivos comuns. Conseguem compreender e interpretar os sentimentos, as motivações e as intenções dos outros. Interagem de forma funcional, mobilizando competências variadas, particularmente no âmbito da comunicação verbal e não verbal. São também eficazes na gestão de conflitos. Gostam de conviver e fazem amigos facilmente. Têm mais sucesso quando estudam em grupo, podendo aí trocar ideias com outros colegas e dar e receber apoio mútuo. Não apreciam trabalhar sozinhas.
João Silva.