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5 de Maio de 2024
O que são as emoções? É um tema tão importante para nos entendermos a nós próprios. Tristeza, felicidade, paixão, repulsa, medo…
Após algumas análises, inferiu-se que as emoções podem ser descritas como as reações vivenciadas por parte de um organismo humano face a determinadas situações. Elas têm várias funções, entre as quais, a adaptação, socialização e motivação:
-A função adaptativa tem como objetivo preparar-nos para reagir. Por exemplo, ao vermos um colega nosso extremamente preocupado com algo, devido às emoções que ele nos transmite e, com as quais sentimos empatia, tal leva-nos a aproximarmo-nos dele e tentar tranquilizá-lo.
- A função social está relacionada com o nosso estado de espirito. É devido a ela, que existem interações sociais, o que torna o nosso comportamento previsível, ou seja, é a função social que permite que os indivíduos à nossa volta prevejam o nosso comportamento e vice-versa.
- A função motivacional faz a ponte entre a emoção e a motivação, complementando-se mutuamente. Um exemplo claro da função motivacional é, ao estarmos a conversar com alguém de quem gostamos sentimos alergia e conforto, estes sentimentos levam-nos a nos sentirmos motivados para conversarmos de novo com essa pessoa, de modo a recuperarmos essas emoções.
Existem por isso, muitas teorias que tentam explicar as emoções. Alguns especialistas consideram que as emoções são influenciadas pelo meio em que o sujeito se insere (ex: cultura), enquanto outros consideram apenas as emoções como meros processos cognitivos.
Ao contrário do que muitos pensam, a emoção e o sentimento são coisas diferentes. A emoção é uma reação imediata a um estímulo, é algo quase inato, isto é, algo que não envolve pensamento. Já o sentimento, por outro lado, envolve uma atividade cognitivo, isto é, de percepção e avaliação de algo. Emoção é reação enquanto o sentimento é construção.É de realçar, também, que o tipo de emoção que ocorre depende da situação em que a pessoa se encontra. Diferentes situações vão proporcionar diferentes emoções.
Assim, na sequência do que está a ser abordado, temos o chamado "comportamento emocional", sendo Charles Darwin o pai deste tipo de comportamento. Ele defende este comportamento como uma força universal e involuntária que faz com que o indivíduo responda de maneira previsível no que diz respeito a experiências emocionais genuínas e espontâneas.
O medo é um estado emocional que surge em resposta à consciência perante uma situação de eventual perigo, estando, por isso, mais virada para o inatismo.
A ideia de que algo ou alguma coisa possa ameaçar a segurança ou a vida de alguém, faz com que o cérebro ative, involuntariamente, uma série de compostos químicos que provocam reações que caracterizam o medo. O aumento do batimento cardíaco, a aceleração da respiração e a contração muscular são algumas das características físicas desencadeadas pelo medo.
Assim, o medo é, inconscientemente (na maioria dos casos), um mecanismo de autoproteção, face aos perigos vividos. O medo é uma consequência do instinto de sobrevivência do ser humano.
Relativamente à curiosidade, esta desempenha um papel essencial na nossa jornada de autoconhecimento e autodescoberta. Ao sermos curiosos estamos a abrir portas a um entendimento mais profundo do nosso "eu", da nossa natureza e potencialidades. É através da exploração das nossas emoções que desenvolvemos uma conexão autêntica com o nosso "eu" interior e, consequentemente, evoluirmos ao nível do nosso crescimento pessoal.
É assim de elevada importância a curiosidade humana, pois é este sentimento, por vezes involuntário, que contribui e encoraja à descoberta do nosso rumo a nível pessoal, levando-nos a sair da nossa zona de conforto e levando-nos a enfrentar os nossos medos em prol da nossa curiosidade.
João Silva
ATIVIDADE PRÁTICA
são chamadas 3 pessoas à frente: uma é vendida, a outra fica surda e a última fica incapacitada de falar.
são colocadas na respectiva ordem:
surdo / cego / mudo
é mostrada um excerto ou imagem claramente alusivo a uma determinada emoção ao mudo, e ele vai ter de mostrar ao cego, recorrendo aos sentidos que tem ao seu dispor, a emoção que interpretou a partir da demonstração do mudo. Este, por si, vai ter de mostrar ao surdo a emoção que interpretou a partir da demonstração do mudo, naturalmente, com os sentidos ao seu dispor. (sem revelar, claro, a emoção ao a dizer).
Depois, no final, pedimos ao surdo para demonstrar o modo como apresentaria a emoção por si interpretada a turma e, só depois disso, para revelar a emoção que entendeu ou interpretou à turma, confirmando se foi a correta, isto é, aquela que inicialmente foi apresentada ao mudo.