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Escrevo este texto porque sinto que devo expressar o meu ceticismo em relação à investigação da psicologia dos sonhos na atualidade. Embora reconheça o interesse e a fascinação que muitos de meus colegas têm por esse tema, devo questionar a validade e a utilidade de algumas abordagens.

É inegável que os trabalhos de Sigmund Freud e Carl Jung lançaram as bases para o estudo científico dos sonhos. No entanto, devo destacar que grande parte das suas teorias e interpretações são baseadas em especulações subjetivas e numa compreensão limitada dos processos mentais.

Freud postulou que os sonhos são a manifestação de desejos reprimidos e conflitos emocionais, enquanto Jung ampliou essa visão, introduzindo o conceito de inconsciente coletivo e arquétipos. Embora essas teorias possam fornecer perceções interessantes sobre a psique humana, também são altamente especulativas e difíceis de testar empiricamente.Além disso, a interpretação dos sonhos muitas vezes carece de rigor científico. Dependendo principalmente de relatos verbais dos sonhos dos participantes, essa abordagem é suscetível a distorções e influências externas. As interpretações podem variar amplamente entre psicólogos, levantando questões sobre a sua fiabilidade e validade.

11 de abril de 1976

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Na minha opinião, a investigação dos sonhos precisa de adotar uma abordagem mais rigorosa e baseada em evidências. Devemos explorar métodos objetivos de coleta de dados, como o monitoramento fisiológico do sono e a análise de padrões de atividade cerebral durante os sonhos. Somente assim poderemos progredir no nosso entendimento dos processos mentais que ocorrem durante o sono.

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