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13 de outubro de 2023

 

“O poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente” Lord Acton.

Parece uma maneira apropriada de começar a falar sobre A Experiência da Prisão de Stanford de Kyle Patrick Alvarez. O filme mostra-nos a história de um grupo de psicólogos, liderados pelo Dr. Philip Zimbardo, que faz uma experiência sobre prisões. O grupo de psicólogos pede voluntários de uma universidade para participarem na experiência, que são divididos aleatoriamente em prisioneiros e guardas prisionais.

 

Na entrevista para participar no projeto, todos os candidatos disseram que preferiam ser prisioneiros do que guardas.

Tudo começa no encarceramento dos que, por acaso, acabaram como prisioneiros. Foram detidos pelos crimes inventados pelos psicólogos, e chegam ao lugar que será a sua prisão nos próximos 14 dias. Assim que começa a chamada, começa a desumanização dos prisioneiros, que já não são as pessoas que eram antes, agora são os prisioneiros nº 8612, 819, etc (embora estes tenham sido os mais problemáticos). Quanto mais tempo passa, mais todos os participantes na experiência perdem as suas identidades, os prisioneiros tornam-se apenas o seu número e os guardas tornam-se versões de si mesmas mais intoxicadas pelo poder total que têm sobre os prisioneiros.

Por um lado, os guardas, foram provavelmente aqueles que mais rapidamente aderiram aos seus piores impulsos. No primeiro encontro entre os os dois grupos, um guarda (a que os prisioneiros chamavam “John Wayne”) começou quase imediatamente a abusar do seu poder e a humilhar gratuitamente os prisioneiros. Vários juntaram-se ao arraial de maus-tratos, com uma exceção de um guarda que não participa mas que não tenta parar os outros guardas, presumivelmente por medo. Os abusos pioram de maneira radical muito rapidamente, começando com maus-tratos verbais, intimidação e escalam para violência física, tortura psicológica e humilhação e degradação brutal. Os prisioneiros revoltaram-se quase todos por não serem deixados dormir, não terem condições de higiene e pela atitude tirânica e violenta dos guardas. Enquanto isto acontecia, os guardas não alteraram o seu comportamento, apenas pioraram ao perceber que não iria haver intervenção dos psicólogos e, face a isto, os prisioneiros conformaram-se e pararam de resistir, permitindo que o abuso continuasse até chegar a um ponto que era difícil ver, para mim e para o líder da experiência que a acabou de imediato, depois de apenas 5 dias. E, no momento em que a experiência acabou e tiveram de voltar à realidade, o “John Wayne”, o principal responsável  pela maior parte do dano feito, mudou imediatamente de tom e já era uma pessoa normal outra vez.

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