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E, tendo analisado cada um dos grupos participantes, não posso pôr a culpa apenas num porque a experiência correu como correu por causa de reações humanas naturais e comuns a certas situações, ter muito poder subitamente, de repente não ter poder ou agência sobre o nosso destino, falta de sono, de conforto, etc. Já que estas reações são naturais e são gerais, havendo algumas exceções em todos os grupos, mas havendo um tendências da maioria em como agir, então a culpa é de todos os participantes porque, presumivelmente, os resultados seriam os mesmo se os papéis se revertessem, então não podemos culpar nenhum indivíduo ou grupo específico. Por isso, discordo das observações do meu Avô, a experiência não foi um fracasso, e tal como se acabou a descobrir, não houve traumas a longo prazo derivados da experiência. O facto de ter acabado mais cedo não invalida os seus resultados, deu-nos importantes informações sobre a natureza humana.
No entanto, percebo porque é que ele condenou a experiência tão veementemente, na altura o conhecimento sobre o trauma não era nem de perto tão avançado como é o nosso, estava-se apenas a começar a encarar com a devida seriedade os traumas psicológicos e fico orgulhoso que o meu Avô tenham tido essa cautela a abordar o assunto, essa empatia era necessária na altura e ainda é necessária hoje.
João Silva.